sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os verdadeiros!

"Deputados optam pelo jogo da seleção 
2012/06/27

Não houve quórum na reunião da Assembleia Municipal de Aveiro desta quarta-feira à noite não se realizando por isso, devido à falta dos deputados municipais, numa noite das meias finais do europeu de futebol num encontro entre Portugal e Espanha..

Devido ao jogo que se iniciou às 19:45h foi dada tolerância até às 22:00h para início dos trabalhos. A essa hora, feita a chamada pelos serviços da Assembleia, verificou-se a ausência de quórum.

O jogo não terminou aos 90 minutos uma vez que se manteve o empate, 0-0.

Prolongando-se por mais meia-hora, o jogo foi para além das 22:00h.

A reunião será realizada em data ainda por marcar."


in  http://www.destakes.com/redir/7d8b579cd71607f6c84d92c27b6b306b


São estes o orgulho da Nação.
Os verdadeiros.
Os que nunca abandonam os nossos, mesmo que os nossos estejam na Polónia, na Ucrânia ou na Conchinchina.

Há realmente, uma força maior!
Uma força que, sabe-se agora, é ainda mais poderosa do que se imaginava.
Não só faz desaparecer os pássaros do ar, os cães dos jardins e os miúdos dos parques infantis.
Até os deputados torna invisíveis nas Assembleias.

Para os faltosos indefectíveis da nossa Selecção, os que dizem sempre presente (excepto nas ausências às Assembleias) aquele abraço sentido.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

(Há) Uma força maior.

Há uma força maior.
Uma força que faz parar o país.

Não é a EDP, nem a REN.
Não é a Galp, nem a PT.
Nem, tão-pouco, são os controladores aéreos.

Mas há uma força...
Há! E disso ninguém duvida.

Uma força que faz com que os carros desapareçam das ruas, com que as pessoas deixem de se ver nos passeios.
Uma força com poder suficiente para fazer desaparecer, até, os pássaros do ar, os cães dos jardins e os miúdos dos parques infantis.
Uma força que torna as cidades desertas, com excepção dos cafés, restaurantes, tascos e snack-bares.
Uma força que tudo consome, que tudo queima, que tudo arrebanha e que, no final, tudo deixa em plena tristeza, angústia e miséria (e não, não é o Governo que nos desgoverna!)

No país dos três F´s, esta é a altura de o Futebol (o futebol da selecção nacional, entenda-se) se tornar, sem possibilidade de recurso, a Força maior e mãe de todas as Forças.

Mas há, no entanto, e dentro desta Força, uma que pode mais.
A Força Espanhola (que a Alemã, viu-se hoje, só vale na politica e no assinar de cheques com que sequestram os vizinhos).

E é por isso, porque não me consigo libertar deste colete de ... forças, que no Domingo (o derradeiro jogo deve ser Domingo), sou Italiano.

Nem que seja para que não haja hipótese de podermos dizer que perdemos com os campeões.

Ou então, nem que seja pela Monica Bellucci ou pela Cicciolina.
E como eu não me importava nada de ser consumido por uma dessas forças...
Como uma força que ninguém pode(ria) parar...











quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nota mental

Nunca, jamais e em tempo algum te atrevas a gritar golo da Espanha, mesmo que por brincadeira, e mesmo que numa série de penaltis.

Principalmente num local pejado de genuínos Tugas, que se estão a borrifar para o facto de estarem em causa nuestros hermanos, mesmo que irmãos na pobreza (que os tempos de riqueza já lá vão).

Não tentes, também, qual Jesus Cristo, explicar-te por parábolas: que um golo de Espanha equivale a um levantar de saias de uma jovem moça e que tal facto nos dá um motivo para irmos para cima dela (num remate certeiro e pleno de pujança!), na certeza de que enormes alegrias - leiam-se golos - se seguirão (entre as quais, uma bela de uma espanholada...!).

É que, parecendo que não, e qual Jesus Cristo, arriscas-te a ser crucificado na cruz.

E com esta estás condenado a ser prisioneiro na tua própria casa, sem poder sair à rua, pelo menos enquanto Portugal não estiver qualificado para o próximo Mundial.

Por isso, Mg, se quiseres viver tempo suficiente para assistir ao final da crise, deixa a poeira assentar e, no Mundial 2014, e no Euro 2016, e no Mundial 2018, e por aí fora..., não repitas a gracinha.

Alguém se oferece para te entregar mantimentos ao domicilio?
Não é fácil ter a cabeça a prémio...

E o perdão é coisa da Bíblia. Não da vida real.


Terminando:
1 - Reconheço, no entanto, Mg, que estiveste bem, quando te perguntaram se eras Espanhol e respondeste alto e bom som: "Não! Sou Português! Boa noite."

2 - Amanhã, todos de volta à vida, ok?

3 - Para a Selecção, na pessoa do Paulo Bento, umas breves palavras: vejam isto pela positiva. Já deixam de ser obrigados a vestir aquelas camisas e podem ir de férias para um qualquer destino paradisíaco. Os pobres, os idosos, os desempregados - e os que hoje ainda não são, mas amanhã passam a ser -, os que não têm comida para dar aos filhos, os que querem trabalhar e não podem - porque não há trabalho - e os gatunos que por aí andam - embora só os que roubam uma lata de ervilhas num supermercado é que sejam presos - estão convosco.
Os de barriga proeminente que foram ao Euro à pala e os que pagaram as despesas com o desvio de fundos comunitários também!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Oh da guarda!

Vai o Mg todo pimpão a calcorrear as pedras da calçada, de sapatilhas, calções e t-shirt (oh, maravilha das maravilhas!) quando, sem o pedir, se aproxima um agente da autoridade.


O Agente: Boa tarde!

Eu: Boa tarde!
O Agente: Os senhores não podem estar aqui. A zona tem de estar desimpedida porque daqui a pouco vem cá (pessoa muito importante). Se quiserem visitar o monumento, para já não podem. Podem passar, mas apenas se for para ir para a parte de cima. Visitam essa parte e depois tentam entrar cá.

Eu: Ai (pessoa muito importante) está cá? Não sabia. Mas não se preocupe que eu não tenho nenhuma doença contagiosa.
O Agente: Acredito que não tenha, mas mesmo assim...

Eu: Tanta coisa e tanto aparato por causa disso... Porra...
A companhia do Mg: Mg, vamos lá. Se tem de ser, tem de ser. Voltamos cá logo
O Agente: Tem mesmo de ser.

Eu: Oh.. Eu lá quero saber disso pra alguma coisa. Tem medo que o roubem, é? Ou não se pode juntar ao povo?
O Agente: Faça favor. Apenas para aquela zona. Esta tem de estar desimpedida.

Eu: Tá bem. Você é que manda. Mas eu não me ia dar ao trabalho de gastar energias com  (pessoa muito importante), pode estar descansado.
O Agente: Eu compreendo, mas é o protocolo.

Eu: Para outras coisas, o gajo está-se a marimbar para o "protocolo"!
A companhia do Mg: Aaaaandaaaaaaaaa!
O Agente: Não abuse da sorte. Você parece-me uma pessoa sensata e que sabe como isto funciona, portanto...

Eu: Está bem. Eu vou. Olhe lá: e se ele tiver um acidente e bater com as trombas num poste? :)
O Agente: :) Aí teria de o deter.

Eu: Deter? A mim? Porquê?
O Agente: Por suspeita de atentado contra a integridade física de (pessoa muito importante).

Eu: Suspeito, eu? :) Não tenho cornos nem tenho carta. Como é que poderia ser suspeito de um acidente desse género?
O Agente: Vá-se lá embora, se faz favor, ou ainda aparece aí o Comandante a tentar saber porque estamos aqui na conversa.

Eu: Estou só a pedir-lhe informações sobre o local.... Olhe lá: se houver mesmo um acidente já posso ficar aqui? Até posso ir ali abaixo comprar umas cartolinas a desejar que se recomponha e volte depressa. Prendo-as em dois paus de vassoura e ficamos cá até ele voltar. Você segura de um lado, eu seguro do outro. Que acha?
O Agente: :) Acho que se fizesse isso, quem ia levar com a vassoura era você!

Eu: Ai não, não ia.
O Agente: De certeza?

Eu: Claro. Ou queria que eu apresentasse queixa contra si por uso de força excessiva e violência contra alguém que apenas estava a desejar as melhores a um concidadão?
O Agente: :)  Vá-se lá embora. Não volto a pedir...
A companhia do Mg: Mg, anda lá. Deixa-te de coisas. Estás a importunar o trabalho do senhor agente.

Eu: Sim, já vamos. Só para terminar: se me deixar dar-lhe duas bem assentes com o cabo da vassoura, não tenho nada contra uma detenção.
O Agente: Não abuse da sorte. Aproveite o bom tempo e tenha a continuação de um bom dia.
Eu: Só uma! :)
O Agente: Mauuu!!!

Eu: Cumprimentos a (pessoa muito importante).
O Agente: Nem vou falar com  (pessoa muito importante) . Só cá estou porque...

Eu: Porque tem de ser! Continuação.
O Agente: Tenham um bom dia.



10 minutos depois mais uma tentativa de conversa com outros dois, resguardados à sombra de uma árvore, mas nesses notava-se que estavam mesmo mal dispostos com o frete e acabei por desistir.



No final da "romaria", encontro um outro, conhecido, no meio de um grupo de agentes de outra cidade.

Mg: Atão? Por aqui?
Agente: É verdade. Vou mas é embora que já está feito por hoje e andei todo o dia nisto a aturar (pessoa muito importante).
Mg: Para já está a correr bem! Ainda não se espetou contra um poste.
Agente :)


















sábado, 23 de junho de 2012

Camping

Depois de dias e dias a fio a trabalhar como um desgraçado, este blog vai fazer uma das melhores coisas do mundo.



Será só uma noite, mas para quem está habituado a não ter, praticamente, férias nenhumas, já é bem bom.

Ar puro!


Ainda a pensar se desligo o telemóvel do trabalho...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A vida é bela!

Hoje, Portugal ganhou à República Checa.

Amanhã, mais 500 (?), 1000 (?) pessoas ficarão desempregadas.

Amanhã, mais 5 famílias terão de entregar a casa ao Banco.

Amanhã, mais 300 pessoas irão emigrar, seguindo o bondoso conselho do nosso PM.

Amanhã, mais um estupor irá assinar um contrato que num país decente daria lugar a demissão, destituição ou cadeia.

Amanhã, alguém será encontrado em casa, morto há semanas, sem que ninguém tivesse notado nada.

Amanhã, mais uma senhora de idade irá parar às urgências de um Hospital prestes a encerrar, porque lhe romperam as orelhas para lhe roubar os brincos.

Amanhã, mais um casal de uma terra esquecida por tudo e todos irá ser enganado numa troca de euros que, em breve, deixarão de existir...

Amanhã, mais um (e outro, e outro, e outro...) Tribunal deixará prescrever um processo.

Amanhã, mais um idoso começará os preparativos de colocação dos pés prá cova, porque deixou de poder pagar os medicamentos, o transporte a um Centro de Saúde ou uma consulta médica.

Amanhã, de Norte a Sul do País, os caixotes do lixo serão revirados de cima a baixo, por alguém (muitos alguéns!) que procura algo para comer.

Amanhã, mais uma mãe deixará de jantar para que o seu filho não vá de barriga vazia para a cama.

(E mesmo assim) Amanhã, muitas crianças chegarão à escola - se ainda lá andarem - de barriga vazia.

Amanhã...

Amanhã...

Amanhã...

Amanhã, os senhores que assinam os cheques que nos vão permitindo respirar, vão dizer que estamos no bom caminho.

E estamos:
Portugal ganhou à República Checa.

A vida é bela!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Civismo

Que vivemos num pedaço de terra a que alguns teimam em chamar país, já toda a gente sabe.

Que se gasta dinheiro mal gasto, em obras faraónicas e em coisas que nem lembra ao Menino Jesus, toda a gente aceita.

Que se gasta dinheiro "bem" gasto, em casas, carros, viagens, whisky, jogo e casacos de peles para amantes (dinheiro esse cujo destino deveria ser o investimento e a criação de riqueza e de uma economia mais forte), toda a gente reconhece e, como se isso não bastasse, ainda aplaude.

Que somos feitos de uma massa à qual falta, na generalidade, alguma coisa, parece ser consensual.

E vem isto a propósito de que?
De passadeiras para peões, como é evidente.

Como esta, mas sem a jeitosa (só a passadeira. A jeitosa só cá está para criar algum frisson).


E a jeitosa passadeira tem a ver com quê, afinal?
Com peões, como é óbvio.

E com civismo, pois claro!
E bom senso e respeito por nós e pelos outros, e pela segurança de todos.


Tenho por hábito, quando estou a conduzir, parar sempre nas passadeiras quando alguém quer atravessar, seja um vestido vermelho curto ou um pedaço de "pano" de qualidade duvidosa.


E faz-me alguma confusão quando alguém, gentilmente, agradece a gentileza de ter parado (no caso dos vestidos vermelhos curtos até gosto e espero que a memória se mantenha intacta por muito tempo, para que eu mantenha em crédito os pontos amealhados com esse gesto).


Supostamente, não era suposto agradecer. Trata-se de algo que deveria ser normal, penso eu.
Mas dou por mim, na qualidade de peão, a fazer exactamente o mesmo.
Agradeço ao senhor ou à senhora, o facto de não me ter passado por cima, quando pretendia atravessar num espaço que, por lei, me era destinado para esse fim.


Enfim...


Resumindo, e indo directo ao assunto: parei para deixar passar um agente da autoridade numa passadeira. Pelo aspecto, ou tinha ido comprar tabaco ou levantar dinheiro no Multibanco, não importa agora.


O facto é que o agente agradeceu!


E eu, que há uns meses atrás me vi envolvido numa história com dois agentes que, contada, ninguém acredita (ou tinham fumado umas coisas e estavam alucinados, ou fugiram do manicómio e roubaram farda e veículo oficial, ou apanharam uma carga de porrada da mulher na noite anterior e ainda estavam de trombas..), fiquei a pensar: será que este era um daqueles de há uns tempos e o tipo reconheceu-me e respirou de alivio quando viu que não fiz nenhum arranque surpresa e não lhe passei por cima?
Estava a agradecer-me por lhe ter poupado a vida?


Um agente da autoridade com deferência para com um condutor que só estava a cumprir a sua obrigação?
Parece estranho, pois parece.


E a questão última, e cerne da questão: seria ele um dos elementos do par maravilha e eu, feito burro, não lhe passei por cima?


Agi bem? Agi mal? Como fazer numa próxima situação? Travar? Acelerar? Aproveitar a boa onda e dirigir-lhe um amigável manguito?


Passo a palavra ao simpático leitor.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Já está!

Depois de termos dado a estocada final, enrabado, ajudado a eliminar os Holandeses, passamos à segunda fase do Euro.

Apesar de ter havido um Alemanha vs Dinamarca anterior ao jogo oficial do Campeonato, os profissionais do futebol dinamarquês não seguiram o exemplo das congéneres profissionais dos filmes pornográficos (que, com valentia e mestria sublime no manejo da bola aplicaram uma bela foda sova nas Alemãs) e foram, também eles, eliminados.

Está visto que aquela gente das Alemanhas só se supera perante os outros à força do dinheiro e do poder politico. No que é bom, tá quieto!
Querem pôr toda a gente de quatro, mas quando apanham um país com melhor estrutura pela frente (e por estrutura, pode entender-se o que cada um bem quiser), quem sente na carne a humilhação da derrota são eles.

O jogo jogou-se com valentia, tendo as "atletas" dado sempre o corpo às bolas e nunca se negando a nenhuma tarefa, ofensiva ou defensiva, que pudesse ajudar o colectivo.

Momento alto, como sempre acontece nestas ocasiões, deu-se quando se cantaram os respectivos hinos nacionais, como se pode observar pela foto seguinte, bem demonstrativa do amor à pátria (e há por ali uns belos pares de pátrias...), onde não faltou, sequer, uma demonstração de bem manejar o pau.
Da bandeira, note-se. Da bandeira!



O jogo em si teve alguns momentos altos (nomeadamente os dos fotógrafos presentes) e primou, do inicio ao fim, pelo espírito do fair-play, como se nota abaixo, onde uma jogadora, depois de ter feito uma falta por trás a uma actriz do chavascal adversária, correu em seu auxilio, segurando-lhe nas bolas e prestando-lhe a assistência necessária.


Ao intervalo o resultado era o menos importante.
Realce para os exercícios de aquecimento inovadores, numa técnica de 4, que trabalha todos os membros em simultâneo e facilita a recepção das bolas.
Não há dúvida, portanto, que um aquecimento bem feito é muito importante para que o jogo seja bem jogado e a contento de ambas as partes.



Ah!!!  (como se fosse importante...): ganharam as Dinamarquesas por 13-1.
Se quiserem saber ver mais, basta clicar aqui.

Aguardemos agora que as Gregas sodomizem as Alemãs e que as Tugas, depois de um banho Checo como manda a pintarola, tenham a oportunidade de uma desforra.

Sim, porque o Euro 2004 ainda está cá entalado.
E, portanto, mais do que dizê-lo, está na altura de fazê-lo. 
Até as comemos. Como elas mais gostarem.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Agora é que a disseste toda!

Pelos vistos, e a avaliar por estas declarações, a comida caiu mal.

Mas numa coisa tem razão: na Assembleia há dias em que há mais estúpidos do que noutros.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Happy Meal

Sempre me fez alguma confusão a proximidade (chamemos-lhe assim...) entre o poder politico e o futebol.

Em mais um furo jornalístico de relevo, soubemos hoje que Miguel Veloso comeu três caixas de Cerelac ao pequeno-almoço e que Bruno Alves matou com uma entrada a pés juntos um porco com o objectivo último, imagine-se, de lhe arrancar apenas uma perna (estava sem apetite, o menino, dizem...).


Ficamos a saber, também, que decorreu o habitual jantar na Assembleia da República entre o dignissimo presidente do Futebol Clube do Porto e os deputados da Nação portistas.
Sem dúvida, uma noticia de capital importância para o futuro do nosso País.


Continuo sem perceber, no entanto, duas coisas:
1 - Porque é que se abrem as portas da Assembleia da República para um "evento" desse género (tudo bem que a AR não é exemplo para ninguém, mas sempre podiam abocanhar uns pedaços de carne e beber uns jarros de vinho num qualquer restaurante, mas pronto...)?
e
2 - Porque é que isso tem de constituir noticia, tanto mais que é algo que se repete todos os anos?


Enfim... É a Comunicação Social que temos.


Aguardo, no entanto, com uma euforia e ansiedade desmedidas, a noticia de amanhã que, por certo, fará o enquadramento final do repasto e nos dirá, com pormenores bem pormenorizados, se o mesmo foi farto e se satisfez os comensais.
Importante também será saber se no final houve lugar à já conhecida, bela, sonora e prolongada bufa.
Sinceramente, espero que sim. É sinal que tudo correu pelo melhor.


Passando directamente à sobremesa, ficamos a saber, também, que uma das jovens moças da foto que segue (mais concretamente a da esquerda, Jelena Miksa, funcionária do ministério da Cultura croata), corre o risco de sofrer sanções laborais por alegadamente ter violado o código de conduta do seu país.





Sem dúvida um povo atrasado, este.

Por cá a Ministra Cristas "obriga" os homens a despirem... a gravata (algum fetiche ministerial?), enquanto fontes próximas do Governo já vieram a público assegurar que Vitor Gaspar, numa acção de Marketing puro e duro, irá implementar a medida que a foto sugere em todas as Repartições de Finanças Portuguesas, de Norte a Sul, e do Litoral ao Interior mais profundo.


A medida, obviamente, aplicar-se-á apenas às funcionárias (ao sexo feminino, portanto) e visará o pagamento voluntário e de sorriso no rosto por parte dos nossos fiéis contribuintes, de todos os aumentos de impostos,  multas, coimas e penalidades em geral.


Estudos da Marktest apontam para um aumento da receita na ordem dos 31% (mais 69 e o Estado duplicaria os rendimentos...), pelo que é provável que esta medida progressista faça com que Portugal saia da crise em meados de 2038 (fonte do Governo terá informado o ex-espião Silva Carvalho que uma senhora que em tempos trocou a fralda ao nosso PM e que, desde esse memorável dia, passou a fazer parte do seu circulo restrito de amizades pessoais, terá adiantado como data concreta o dia 14 de Junho - daqui a 26 anos, portanto -, mas tal informação carece de confirmação oficial).


E por hoje é tudo.



Obrigado. Até amanhã.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Azar, segundo Mg (bate sempre quatro vezes)

Azar?

Azar é estar à entrada do prédio, a dar as últimas passas no cigarro e pedir à jovem que está a entrar (podre de boa, filha de uma mãe ainda mais podre de boa!) para deixar a porta aberta, uma vez que no final da dose de nicotina também vai entrar.

Duplamente azar é entrar no prédio, 1 minuto mais tarde, e verificar que a porta do elevador está aberta, com a jovem lá dentro a perguntar ternamente "vai subir?".

Triplamente azar é recusar o convite para "subir" (no elevador, entenda-se), porque o destino era o aposento de uma outra vizinha, que, segundo informações dadas a correr há dois dias, hoje estaria livre.

Quadruplamente azar é ir pé ante pé tocar à campainha da outra vizinha e ninguém atender (surgiu o contratempo que às vezes surge).

E assim se perde uma noite.

(Vá... "ganha-se"! Vai dar para pôr o sono em dia, que a vida não está fácil.)


sábado, 9 de junho de 2012

Já cheira, já...

Um Mundo tão pequeno, uma vida tão curta e esta cambada não ganha juízo de uma vez por todas e acaba com isto?
Não é propriamente necessário passar a andar aos beijinhos e abraços a toda a gente e de flor espetada na lapela; basta ganhar tino e pousar as armas.
Realmente, isto já cheira mal.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ein?

Ela: Tu ontem estavas especialmente cáustico.
Eu: ?
Ela: Sim, isso mesmo que tu ouviste.
Eu: Fala-me lá num Português corrente e traduz isso por miúdos que eu não percebo nada de palavras caras.

Ela: Sim, cáustico, grosso, azedo!
Eu: Grosso vá lá que não vá. Agora azedo é que não!

Ela: Ohhhh... :p


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Breve pausa.

Só cá vim para isto:



Até ao próximo capítulo....

(neste, tenho inveja do Pai Simpson, que a esta hora deve estar a beber umas geladinhas no tasco do Moe)

Aaahhhhh, o belo do feriado!

Ter de trabalhar o dia todo, provavelmente pela noite dentro, para fazer o que - em condições normais e sem correr o risco de haver erros e dar tempo para revisão geral - seria para fazer durante uma ou duas semanas (mesmo que acumulando com o resto que não pode ficar para trás) só porque alguém se lembrou de andar a nanar durante 6 meses, é uma bela forma de comemorar o fim do feriado.

Valha-me que não vou ter chamadas a cair no telemóvel, nem emails na caixa de correio.
Parecendo que não, ajuda muito!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Oh, Doutor!


1, 2, 3, 4.

1 - Deu-se o 25 de Abril.

2 - Em consequência disso, melhoraram muitos indicadores que dizem muito acerca do Estado da Nação.

3 - Alfabetização das Portuguesas e dos Portugueses?
Em grande! Nunca antes visto.

4 - De um povo iletrado passamos para um povo altamente instruído.



E assim, em quatro passos se explica o facto de termos a maior concentração de doutores e engenheiros por metro quadrado deste Planeta (não confundir "metro quadrado" com "besta quadrada": são conceitos diferentes!).

É só sumidades e iluminados neste pedaço de terra.
Que haja luz, pois então.

E paciência. Em doses industriais, que às vezes é bem preciso...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pole position

Estou desiludido.

Então, não é que nem nisto conseguimos ser os primeiros?
Anda a malta a esforçar-se tanto para sermos os primeiros e, mais uma vez, falhamos redondamente.

Ai, Portugal, Portugal.
O que isto foi, o que podia ser, e o que isto é...

(Valha-nos que "Todos estes dados devem contudo ser analisados com reserva." e que "A própria OCDE reconhece que este não é um método completamente fiável" pelo que ainda há esperança...)

Cárcere

Lá chegará o dia em que será instituída a prisão perpétua.

domingo, 3 de junho de 2012

Os isentos

Acho muito bem.

Fugir um pouco ao bê-á-bá habitual dos calhamaços, ao palavreado ordenado a preceito e às respostas, automáticas e decoradas ad aeternum pelos fieis, que sempre lhe seguem.

E aproveitar a experiência na matéria, para difundir a informação pelos que mais precisam, evangelizando, assim, as isenções.

Agora a sério: acho bem!

Da mesma forma que acharia se começassem a contribuir com mais um bocado... Não estou a dizer que fazem pouco nem que vivem rodeados de luxo e mordomias, nada disso, até porque ainda tenho juízo e não quero colocar em causa o meu lugar no Céu. Mas....

Pode ser ou não dá para mais?

Jane (com parêntesis no N )

Bate três vezes na madeira, Mg, que a mulher já é do sec. XVII.
Bate três vezes na madeira...

Mas que dei por mim a pensei, ai isso dei.
Damn...


ao que parece, a senhora já tem 74! Muita inveja deve andar por aí! :) ]


Para terminar, o que quererá ela dizer com "I'm a 74-year-old woman who is sending a message to people behind me, mostly women, but some men as well"?

sábado, 2 de junho de 2012

Ópio.

Em abono da verdade, vale-me o facto de não ter televisão em casa, senão estava desgraçado.

Sim, o escriba não é um gajo normal: não vê televisão em casa.
Ou melhor, como não tem cabo, opta por não ver o (esmagadoramente caracterizado por) lixo dos 4 canais gentilmente disponibilizados em TDT (pera... dantes também tínhamos 4 canais, não era? Ahhh... agora é digital, ok! Assim é muito melhor... Vou então comprar o aparelho..).

Em caso de necessidade entra em acção o leitor de DVD, através do sistema à la carte, que, esse sim, nunca falha!

Assim sendo, as únicas alturas em que ponho os olhos em cima da TV são durante o almoço ou jantar nos tascos, ou uma vez por outra na casa de alguém amigo.

Mais que isso, zero.
O que dá imenso jeito, diga-se em abono da verdade, porque o Europeu está à porta e já não se fala noutra coisa, como se o Mundo (ou a Zona Euro e mais alguns, vá...) se resumisse, durante um mês, a uns pontapés na bola.

É o carro do fulano tal, é a mijinha que sicrano e beltrano tiveram de fazer de supresa para um frasco às tantas da manhã, é o coiso que gosta muito de jogar matraquilhos e o outro que só ouve musica XPTO nuns auscultadores com um tamanho que serviriam a um elefante.
Depois é o que comem, o que bebem, o que fodem (ou não fodem, fodendo só às escondidas...).
É os tios, é os primos, é o vizinho de cima dos tempos em que era gaiato, é o buraco nas meias, o gel no cabelo ou as chuteiras laranja fluorescente tamanho 41.
É as superstições, as manias, os desejos.
É o que ainda não teve tempo para aprender o hino e o que fala "é isso aí, cara".
É o que joga cá, porque sabe que não tem lugar do outro lado do Atlântico e o que joga não se sabe muito bem porquê, até porque ficaram outros melhores de fora.
É o que se benze antes dos jogos e o que entra com o pé direito.
É o que está sempre a contar anedotas e o que está sempre em frente ao PC.
É o que só quer comer e o que gosta de cozinhar.
É o que só prega partidas e o que é muito certinho.
É o que é novo por cá, e o que já é cliente habitual.
É isto, é aquilo, é aqueloutro.

No final, e corra a coisa como correr, vão-se fazer na mesma as malas e regressar a este cantinho na Ibéria e, para os que daqui não saíram, a vida vai continuar como dantes, eventualmente pior.

O desemprego vai continuar a aumentar, um vai querer fomentar a exportação da couve lombarda, outro vai-se enganar mais umas décimas nas contas e o outro, ainda, vai dizer que a coisa está de acordo com as previsões, enquanto a outra irá revelar que teve sempre muita fé e que reza muito para que a coisa corra sempre pelo melhor.

No final, quem se lixa é sempre o mesmo.
Não é o gajo que vai fazer uns joguitos durante um mês numa competição qualquer e que, caso a vença, só em prémios (como se representar a Selecção não fosse prémio suficiente) ganhará tanto como um português "normal" em quase uma vida de trabalho.

Por isso, e pela parte que me toca, façam três joguinhos, arrumem as botas, acabem lá com isso e siga a vidinha normal, que isto não é só futebol nem nos podemos dar ao luxo de termos as nossas atenções desviadas durante um mês enquanto olhamos lá para fora.

É que, parecendo que não, quando voltarmos à realidade corremos o risco de vermos a casa (ainda mais) roubada e em muito piores condições e depois aqui-d´el-rei que estava distraído.

E, até ver, o futebol não põe nem o pão nem a sopa na mesa.

(Nalguns casos pode até por a fruta, mas são muito menos os que mamam à custa da bola e estão-se a marimbar para o povo, do que os que - ainda - gostam disto à séria mas não ganham absolutamente nada com isso).


Nota final: será que este ano também vamos ter as bandeiras feitas nos chinocas penduradas ao contrário nas janelas de Norte a Sul de Portugal?
Espero bem que sim, porque na altura, e pelo que me lembro, aquilo provocou um boom na nossa economia que foi uma coisa nunca antes vista.
Só espero é que as passem a ferro, primeiro.
Parecendo que não, dá um pouco mau aspecto ver uma bandeira pendurada ao contrário e, ainda por cima, cheia de vincas.
Mais cuidado com isso, sim?

Obrigado.